Tem dias que sou azul
tem dias que sou vermelho
tem dias que sou um calidoscópio
tem dias que sou incolor.
O que escrevo depende da cor
dominante no coração
(ou da falta de cor)
no momento que escrevo.
A cor de plantão no coração
determina o estilo
usado para exprimir
as ideias geradas pelo cérebro.
É tão difícil descrever
através de palavras
as cores transcendentes
dos sentimentos que avassalam
o coração de uma pessoa.
Marcos Antônio da Cunha Fernandes
João Pessoa, setembro de 2015.