− Diga algo que expresse o seu sentimento por mim, pede ele.
Ela fita amorosamente os olhos dele, sem nada falar. O tempo passa, cada um olhando os olhos do outro. Depois de algum tempo ele volta a falar:
− Vai atender o meu pedido?
Os olhos dela brilham de modo mais intenso e amoroso, as lágrimas escorrem pelo seu rosto, suas mãos apertam as mãos dele. Sem entende o comportamento dela, ele fica um tanto quanto confuso e indaga:
− Você não me ama?
− Eu amo você com todas as forças da minha alma e do meu corpo, ela responde. As palavras não são capazes de expressar este sentimento, por esta razão meus olhos e as minhas lágrimas falavam para sua alma o que sente a minha alma. Depois que a sua alma tivesse lido os meus olhos e ouvido as minhas lágrimas, eu diria e repetiria inúmeras vezes: eu amo você…
− Não consigo ler seus olhos e ouvir a sua alma, diz ele.
− Pena que a sua alma não tenha entendido a linguagem dos meus olhos e das minhas lágrimas, eles diziam coisas que somente os olhos e as lágrimas são capazes de dizer para a alma de outro ser humano…
Marcos Antônio da Cunha Fernandes www.marcosfernandes.org João Pessoa, 31 de Julho de 2013.