Tenho pensado muito – sempre, e ultimamente mais ainda – no que quero ou não quero fazer neste tempo que me resta. Já sei, já sei, vão dizer que estou sendo mórbida, que tenho muitos anos de vida ainda (conversa mole, é só examinar as estatísticas de expectativa de vida do povo brasileiro). E como economista e realista convicta, fiz, já há algum tempo, uma lista de prioridades.
Entre as prioridades está não me aborrecer com coisas que não posso mudar ou contribuir para que melhorem, ou com pessoas que acham que o mundo lhes deve amor, compreensão, riqueza, saúde – mas que não se esforçam nem um pouquinho para alcançar essas metas (e há muitas que são incapazes de reconhecer que foram agraciadas por todas essas benesses, a vida inteira).
A primeiríssima de todas as prioridades é amar muito, e dizer às pessoas que as amo – mesmo que algumas das referidas criaturas reajam com certo constrangimento às minhas declarações. Não me importo. O que me interessa é que saibam que são importantes para mim, que as amo, admiro, estou aqui, disponível para compartilhar tudo o que quiserem compartilhar comigo: sucesso, dores, amores.
Fortaleza, 07/07/2013.
