Quando o lado feminino de um ser humano vive em harmonia com o seu lado masculino, cada lado desempenha o seu papel sem prevalecer sobre o outro. Quando este equilíbrio existe em um ser humano ele se torna uma pessoa de convivência fácil e agradável, capaz de entender homens e mulheres de todas as idades. O homem torna-se suave sem perder a firmeza e a mulher torna-se firme sem perder a suavidade, são maleáveis como a grama que se dobra diante da brisa e firmes como a rocha que suporta a fúria das tempestades sem se abalar.
Por ter o lado feminino e o lado masculino equilibrados, estas pessoas não apregoam a supremacia do seu sexo e elas consideram este tipo de discussão sem sentido, típicas de pessoas sem maturidade. Para as pessoas dominadas por um dos lados, as colocações de um ser humano equilibrado sobre o homem e a mulher são classificadas como típicas de quem está em cima do muro e não deseja definir claramente a sua posição. Este modo das pessoas imaturas enxergarem os posicionamentos equilibrados dos seres maduros é conseqüência natural do seu estágio evolutivo.
No estágio de maturidade o ser humano toma consciência das suas potencialidades e limitações, sabe o que é capaz de realizar e o que ainda não sabe fazer ou desempenha com deficiência. A humildade é o traço marcante do seu caráter, quando necessita de ajuda ele a pede a qualquer pessoa, sem sentir nenhum constrangimento.
A diferença mais marcante entre as pessoas dominadas pelo lado masculino ou pelo lado feminino ocorre nos momentos de uma discussão acalorada. Aqueles seres humanos em que o lado masculino predomina, gostam de impor os seus argumentos a qualquer custo. As pessoas em que o lado feminino predomina buscam evitar os conflitos, mesmo quando a razão está do seu lado. Quando o ser humano atinge o equilíbrio, nas horas de conflito ele expõe as suas idéias de maneira firme, sem medo e sem arrogância, com a suavidade das pombas, sem medo de enfrentar os problemas que as suas colocações possam causar, mas sem a pretensão de ser o dono da verdade.
João Pessoa, 23 de abril de 2009.
