Certas mulheres têm o aspecto de gatas dengosas, daquelas que se enroscam nos nossos pés e ficam miando, pedindo colo e carinho. Outras têm o aspecto de gatas selvagens, estão sempre apresentando as garras, querendo arranhar quem se aproxima delas. Existe uma variedade imensa de gatas, são muitas as raças, os tamanhos, as cores, os modos de se comportarem, o som dos miados e outros detalhes que as diferenciam.
Existem gatas que são domesticadas, gostam de viver dentro das suas residências, enquanto outras não gostam de viver em casa, vivem na rua, algumas simplesmente para passear e outras para vagabundar. As gatas vadias invadem os lares alheios e roubam comida. Uma pequena distração da dona da casa e a gata vagabunda rouba a sua comida. A dona de casa que já viveu ou vive perto de uma gata ladrona sabe quanto ela tem de estar atenta para não ser roubada. Existem também gatas que adoram dormir na rua, ora aqui, ora ali, conhecer muitos gatos, fazer amor com eles pelos telhados das casas alheias, perturbando o sono dos que vivem naquela região.
Existem também gatas selvagens, elas vivem na selva, caçam para comer, não são domesticáveis, quem se arrisca a trazer uma delas para o seu lar corre o risco de ser machucado. As gatas selvagens não gostam da presença de gatas domesticadas nos seus territórios, coisa difícil de acontecer, pois raramente as gatas domésticas acompanham seus donos em passeios pela floresta, elas preferem a vida urbana.
As gatas das grandes cidades são muito sofisticadas, vivem em salões de beleza tratando das unhas e dos pelos, tomam banhos com xampus especiais para o seu tipo de pelo, são enxugadas em toalhas elegantes, têm o pelo secado por ar quente e escovado delicadamente. Este tipo de gata não faz amor pelos telhados das casas, elas freqüentam mansões e hotéis de luxo nos encontros com seus amantes. Os gatos que as sustentam vivem ocupados com os negócios comerciais, enquanto isso as suas gatas examinam os “negócios” dos outros gatos.
Existem também as gatas que se dedicam a uma causa política ou filantrópica. Outras se dedicam a uma religião. Mas quando o amor aparece nas suas vidas elas abandonam tudo e se dedicam ao seu gato. Afinal de contas, a gata gosta mesmo é de ter um gato para dar um trato nela.
João Pessoa, 30 de julho de 2008.